Publicado dia 10.01.13 por:
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Animal visita pier de propriedade às margens de um rio, no bairro Iperoba
Windson Prado @WindPrado SÃO FRANCISCO DO SUL |
Luciano Moraes/ND
Um visitante inusitado está sendo o “mimo” de alguns restritos moradores do bairro Iperoba, em São Francisco do Sul. Desde a noite de terça-feira (8), um lobo-marinho apareceu em um trapiche de uma propriedade que fica às margens de um rio que desemboca na baía Babitonga. O local é quase em frente ao Porto de Itapoá, mas os próprios moradores preferem não dar muitos detalhes da localização para garantir a preservação do animal e evitar curiosos e pessoas mal-intencionadas.
O responsável pelo local onde o animal apareceu conta que, na noite de terça, um grupo de pescadores o procurou para falar que haviam visto o lobo-marinho, passeando pelo rio. “Eu não dei muita bola, achei que não fosse provável. Mas para a minha surpresa, hoje (quarta) de manhã, logo que acordei, me deparei com o lobo-marinho estirado, bem a vontade, em cima do trapichena beira do rio”, disse o rapaz de 28 anos, dono da propriedade, que prefere não se identificar.
Durante todo o dia, pescadores e moradores ficaram de olho no mamífero. “Ele parece estar bastante cansado, mas está bem. Também, deve ter vindo de longe, muito longe”, deduz. “Tem umas marquinhas na barriga, não sei se são ferimentos, a gente não entende. Liguei na Polícia Ambiental e eles disseram que se o lobo-marinho está bem, deixasse ele a vontade, que logo iria embora”, completa o rapaz.
Segundo os moradores, o lobo-marinho comeu, nadou e voltou para o píer várias vezes. “Eu comprei alguns peixes, e os pescadores também doaram alguns para ele. Ele comeu bastante, pulou na água e voltou pra cá”, diz, apontando o trapiche. “Enquanto ele estiver por aqui, vamos cuidar. O meu medo é que ele se enrosque em uma rede de pesca ou se machuque. Mas não temos muito o que fazer em relação a isso, né?”, comenta.
O homem, que vive no local há mais de dez anos, diz que na propriedade já apareceram outros animais selvagens. “Por aqui já apareceram lontras, capivaras, cachorros selvagens, mas lobo-marinho foi a primeira vez. A gente cuida muito daqui, não deixo nem o pessoal pegar caranguejos, para preservar. Talvez por isso que os bichinhos vem até nos”, concluiu o morador.
Não se deve tocar no animal
Segundo a bióloga Daniela Lima o aparecimento deste tipo de animal em nossa região não é tão incomum. “Estes animais vivem em águas mais frias, mais ao Sul, porém é comum passearem e chegarem até o estado. Tudo indica que, neste caso, o bichinho está cansado e deve ficar por ali algum tempo e retomar seu rumo.”, explica.
Ela esclarece que é muito importante manter certa distância do bicho. “A comunidade não deve se aproximar. Jamais tocar, nem removê-lo. Afastar animais domésticos dele, para evitar transmissão de doenças. Deve-se respeitar o limite. Eles são selvagens e podem atacar. Ele deve ficar à vontade e, assim como ele chegou, deve ir embora”, conclui.
Veja o vídeo e a matéria:
Publicado em 10/01-09:35 por: Cláudio Costa.
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