Um público estimado pela organização em mais de 40 mil visitantes lotou a 20ª edição da Festa Nacional do Jeep. Além das competições de Jeep, de “gaiolas” e apresentação do “Big foot”, 70 expositores de produtos transformaram o pavilhão da Fenarreco num grande salão de produtos automotivos, de 29 de maio a 02 de junho. No estacionamento da festa e no kartódromo, ao lado, um imenso camping estendeu a confraternização entre jeep clubes e famílias de várias regiões do Brasil e do mundo.
Estacionados ao lado do pavilhão da Fenarreco, os dois motor homes alemães foram convidados a expor seus equipamentos. O casal Stefan Sigl e Petra Mester, ele diretor de televisão na Alemanha e ela professora aposentada, adoraram a ideia de conhecer a América do Sul. A viagem do casal iniciou em 2009, em Hamburg, na Alemanha, passou pela Grécia, Índia, Nepal e estão há trinta dias no Brasil. Até aquele momento, já haviam passado por 22 países, percorreram 64 mil quilômetros com o caminhão militar transformado em motor casa.
O equipamento
Originalmente, um caminhão militar fabricação Mann, modelo Mann Kat 1, ano 1979. O veículo pesa 17 toneladas, é traçado nas seis rodas, ou seja, um 6x6 preparado pelo exército alemão para enfrentar desde areias do deserto até alagamentos. São 9 metros de comprimento, 2,55 de largura e 3,6 metros de altura até o teto, apoiados numa suspensão de molas helicoidais. O fundo do veículo está há 1,80 metros de altura do chão. Para movimentar tudo isso, um motor V8 biturbo robusto e um tanque com autonomia de 1.450 litros de diesel, pois o equipamento é preparado para enfrentar longas distâncias.
Planos
O trio – isso mesmo, pois além de Stefan e Petra, há também o mascote da família, Mando, um cão adotado no Nepal – pretende conhecer algumas cidades catarinenses. Após a passagem por Florianópolis, Porto Belo, Blumenau, Pomerode e Brusque, em Santa Catarina, os alemães pretendem conhecer as cataratas do Iguaçú, em Foz do Iguaçú/PR e rumar para o pantanal matogrosense.
Petra conta que entre ela e o marido, com quem está casada há 31 anos, existe um “acordo”: ambos devem ter sede de viajar, de conhecer novas culturas e saber mais sobre as pessoas. Dessa forma, a aventura pelo mundo, iniciada há quatro anos, continua tendo sentido, e a cada novo país que conhecem sentem um gosto de vitória. O retorno à cidade natal, Unna, no sul da Alemanha não tem data para acontecer.
Coincidência
Durante a permanência em Brusque, uma surpresa: a chegada de Heinz Freese, um viajante alemão solitário de 65 anos e seu motor home. Ele também saiu pelo porto de Hamburg, norte da Alemanha, passou pelo norte da África e desembarcou em Santos/SP. Dali percorreu a Colômbia, Bolívia, Venezuela, Peru (se encantou com Machu Picchu) e foi até o Ushuaia, o ponto mais setentrional ao sul do continente americano. O motor home, adaptado por ele mesmo a partir de um caminhão militar Unimog -4x4-, motor Mercedes Benz não eletrônico atende perfeitamente às suas necessidades. “Uma das maiores emoções da minha jornada foi quando avistei, ainda a bordo do navio, o Cristo Redentor, no Rio. Aquela cena ficará para sempre na minha memória”, disse o alemão.
No final de julho, ele pretende ir buscar a esposa que chegará ao aeroporto do Rio, pois ficou trabalhando na Alemanha. Destemido, diz que não encontra grandes dificuldades em rodar pelo Brasil e com o auxílio do Guia 4 Rodas, Heinz vai seguir em direção ao norte do Brasil. O plano é conhecer o nordeste e chegar a Manaus. Quanto aos conterrâneos Petra e Stefan, ele diz que foi uma feliz coincidência encontrá-los aqui no Brasil, mas que seguirão destinos independentes.
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