terça-feira, agosto 06, 2013

FLUÍDO DE FREIO


VEÍCULOS:
 VOCÊ SABE QUANDO TROCAR O FLUÍDO DE FREIO? LEIA E PARE COM SEGURANÇA
SÁBADO, 03 AGOSTO 2013 23:45
ESCRITO POR JAMES KLAUS



Foto: James Klaus/JNB


O fluído de freio é um produto perecível e ao contrário do que a maioria dos motoristas acha, deve ser trocado periodicamente. Por absorver a umidade existente no ar, ele sofre alteração de características e pode comprometer todo o sistema de freio. Com o passar do tempo, o excesso de calor e mudanças bruscas de temperatura podem alterar as propriedades químicas do fluído. Outro fator é o tipo utilizado, especificado pela classificação Dot (Department of Transportation/USA). Ele tem relação direta com o aquecimento do fluído, que ao ferver, causa mau funcionamento.



“Quando eu pisei no freio, o pé foi lá embaixo, simplesmente não consegui parar e capotei num barranco adiante. Levei sorte de não bater em outros veículos.” O relato de Arlindo Manceski, de 48 anos, motorista profissional desde os 22 anos, ilustra o que pode acontecer quando os freios não funcionam. Ele descia a Serra Dona Francisca numa tarde ensolarada, dirigia sozinho uma van de fretamento e acelerou para ganhar tempo. Ao se aproximar de uma curva pisou no pedal do freio quando fez a desagradável descoberta: os freios não funcionavam.
No caso de Arlindo, uma perícia constatou um tamponamento. Este acontece quando o freio, acionado constantemente, superaquece e provoca a ebulição do fluído. Devido à alta temperatura ou tipo de fluído inadequado, bolhas de ar surgem e implodem no circuito, resultando na falha do sistema de freio. Para evitar o tamponamento, duas regras devem ser seguidas: usar o tipo de Dot indicado pelo fabricante do veículo, seguindo as orientações de troca e não abusar na hora de declives longos. Segundo um fabricante, o Dot é classificado em Dot 3, quando o grau de ebulição ocorre acima de 205°C; Dot 4, com ebulição acima de 230°C e Dot 5, que ferve a partir de 260°C.
Outra causa da formação de bolhas é a água absorvida pelo fluído. Isso mesmo, ele é higroscópico – absorve umidade ambiente – e a água prejudica o sistema seriamente. Segundo o mecânico Marcos Roberto Lamim, de 40 anos e 25 na profissão, muitos proprietários acham que o fluído não precisa ser trocado e, pior, completam e misturam Dots diferentes. “A falta de manutenção no sistema de freios é perigosa. Fluído vencido, com Dot errado, além de comprometer a segurança acaba desgastando todo o sistema, e aí sai caro para o proprietário, diz Lamim. Ele relata que outro dia um cliente trouxe uma Palio Weekend sem freio nenhum, pois havia uma espécie de geléia que entupiu todo o sistema.


O correto

- Trocar o fluído de freio a cada ano ou a cada 10 mil quilômetros rodados;
- Seguir as orientações do fabricante quanto ao tipo Dot;
- Nunca misturar Dots diferentes ou completar o nível;
- Utilizar freio a motor em descidas de serra.
A manutenção do sistema de freios vai além do uso correto do fluído. É necessário checar e trocar periodicamente as pastilhas, discos e lonas, pois se estas se desgastam causam vazamento de fluído.
Ao realizar a troca do fluído, é importante observar se a oficina dispõe de bomba de sucção a vácuo específica para esta função, pois sangrar o freio pisando no pedal prejudica o cilindro mestre.
Estas informações repassadas pela Mecânica Lamim servem como advertência aos motoristas que, muitas vezes, tentam resolver os problemas de forma caseira e sem conhecimento técnico. Aliás: quando foi que você trocou o fluído de freio do seu veículo pela última vez?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

OBRIGADO POR COMENTAR!