sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Raiva Animal



Vigilância faz alerta sobre raiva animal

Joinville,
13/2/2014



Mesmo controlada no ambiente urbano desde 1995 em cães e gatos, a raiva continua sendo uma doença que ainda pode matar animais e homens. Por ano, a Secretaria de Saúde de Joinville tem registrado 1.200 atendimentos de casos de suspeita de raiva. “A principal orientação, nesses casos, é a observação do animal agressor por dez dias”, enfatiza a médica veterinária Dieiny Belli, da Unidade de Vigilância Ambiental.

Ela destaca que em nenhuma hipótese o animal agressor deve ser morto ou abandonado. “O controle da doença será efetivo se fizermos esse monitoramento. Cabe ao tutor zelar pelo animal, desde a vacinação até a observação em caso de acidente”, afirma a médica.

A raiva é uma doença transmitida aos mamíferos por um vírus que ataca o sistema nervoso. É considerada uma zoonose por afetar animais e também o ser humano. Anualmente, em todo mundo, são registradas 55 mil mortes. No Brasil, a maior incidência ocorre nos Estados do Nordeste. Em Santa Catarina o último caso de raiva no homem foi registrado em 1981. Em cães e gatos os últimos casos de raiva registrados em Santa Catarina ocorreram em 2006 nas cidades de Itajaí e Xanxerê transmitida por morcego.


Em todos os casos em que há mordedura ou outro tipo de ferimento provocado no homem por cães e gatos, a orientação padrão é manter o animal em observação por dez dias. Se surgirem sintomas da doença como abstinência de comida ou água, desobediência ao dono, latido bitonal (rouco) ou paralisia das pernas traseiras, a Vigilância Ambiental deve ser comunicada para enviar um veterinário ao local onde está o animal.

A médica veterinária Dieiny Belli destaca que o tutor de qualquer animal agressor, além de assumir a responsabilidade por sua observação, deve permitir o acesso da equipe médica ao local. Ela lembrou que recentemente o tutor de um cão agressor tentou proibir o acesso a seu apartamento e teve de ceder ao ser comunicado que a Lei Complementar 362, de 2011, obriga o proprietário a permitir o acesso das autoridades sanitárias ao alojamento do animal.

Além dos cães e gatos, um dos maiores transmissores da raiva é o morcego hematófago – que se alimenta de sangue. Mais presente no meio rural, esses morcegos atacam animais mamíferos, principalmente bovinos. Podem, porém, estar presentes no meio urbano e atacar o homem e animais domésticos, sempre à noite.

Em Joinville, a Vigilância Ambiental conseguiu identificar um morcego transmissor da raiva no bairro Saguaçu no ano de 2013. O que chamou a atenção da equipe veterinária é que esse morcego foi capturado durante o dia em estado avançado da doença.

Em caso de acidente com animais (mordedura, arranhão) ou suspeita da doença, a Vigilância Ambiental deve ser contatada pelo telefone 3433-1660, ou diretamente na sua sede à rua Aubé, 790, bairro Boa Vista.



Informações adicionais
Wagner Baggio
Secretaria de Comunicação (Prefeitura Municipal de Joinville)
E-mail: baggio@joinville.sc.gov.br

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