quarta-feira, junho 18, 2014

Lixo eletrônico deve crescer 38% até 2017

Por;James Klaus-Coluna Comunidade JNB On Line
http://www.jnbonline.com.br/?p=1907

Instituto analisa dados de 184 países e alerta governos


O volume global de lixo eletrônico – refrigeradores, televisores, computadores e monitores – pesará o equivalente a 200 edifícios do Empire State Building ou 11 grandes pirâmides de Gizé. Esta é a constatação após a divulgação do relatório conjunto das Nações Unidas, Governos, ONGs e organizações ligadas à ciência.

Essa projeção foi anunciada pelo Solving the E-Waste Problem Initiative (Step), que aponta um crescimento na produção de lixo eletrônico de 33% até 2017, ou seja, um crescimento de um terço nos próximos três anos. A maior parte desse montante se deve ao comportamento dos consumidores norte-americanos e chineses, responsáveis por mais de 72 milhões de toneladas desse total dimensionado.

Segundo a Step, alguns países dificultam a mensuração devido à interpretação diferenciada no conceito de lixo eletrônico. Nos Estados Unidos, por exemplo, o lixo eletrônico apenas inclui eletrodomésticos de consumo, como televisores e computadores, enquanto, na Europa, engloba tudo o que tenha baterias ou se alimente de energia. “Foi por esta razão que desenvolvemos o mapa do lixo eletrônico. É a primeira vez que o fazemos com dados comparáveis”, explicou Ruediger Kuehr, da Universidade das Nações Unidas e secretário-executivo da Step.

Um reflexo das políticas externas atinge diretamente os países menos desenvolvidos economicamente, pois produtos inviáveis no “primeiro mundo” são vendidos a preços convidativos para o “terceiro mundo” (Leia-se Paraguai) e redistribuídos pelo continente. É comum observarmos os famosos importados trazidos do país vizinho abarrotando camelódromos e comerciantes ambulantes, tudo vendido mais barato do que os produtos certificados com qualidade. O risco de adquirir brinquedos de controle remoto – o preço do conjunto de pilhas é mais caro que o carrinho – com tintas a base de materiais tóxicos é grande, bem como de apresentar defeito rapidamente e ir para a “montanha de utensílios inúteis da garagem”. Isso inclui toda sorte de eletrônicos, como aparelhos de som 3×1, televisores e telas de tubo catódico até sanduicheiras que mais parecem equipamentos de tortura.

O monitoramento do lixo eletrônico dessa pesquisa mostra dados de 184 países, indicando a quantidade de equipamentos que chega ao mercado e quanto lixo é gerado. Com estas estatísticas, empresas e Governos poderiam gerir melhor o fenômeno, se quisessem. Porém, o que se vê é que o conceito de “primeiro mundo” e de “prosperidade” de uma nação ainda é interpretado de acordo com sua capacidade de consumo. Se consumir bem, é um país rico. Pobre natureza!

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