domingo, janeiro 04, 2015

Transporte marítimo entre Joinville e São Francisco entra em operação na segunda




Embarcação irá transportar, por viagem, 47 passageiros sentados 
Foto: Leo Munhoz / Agencia RBS
Por
Luiza Martin

luiza.martin@an.com.br


O cinto de segurança já pode ser trocado pelo colete salva-vidas. A partir desta segunda-feira, dia 5, às 7 horas, começa operar o Marinebus, ativando o tão sonhado transporte marítimo de passageiros na baía da Babitonga, entre Joinville e São Francisco do Sul.A lancha adaptada para receber passageiros inicia a navegação com dez viagens diárias, no valor de R$12,00 o trajeto. Com o aumento da frota marítima, a cidade de Itapoá poderá ser incluída no roteiro.

O ônibus marítimo se parece com os coletivos que fazem o trajeto intermunicipal. As poltronas de azul camurçado não reclináveis foram confortavelmente reaproveitadas. O dono do empreendimento, Pablo Balbis, de 65 anos, pensa em colocar ainda mais capital no transporte marítimo.

Dentro do planejamento está a construção de uma lancha-táxi mais sofisticada, que usará poltronas reclináveis “de Boeing 747” e poderá “receber até presidentes”. Enquanto esse projeto não sai do papel, o irmão gêmeo do Marinebus ganha corpo. O destino da segunda embarcação será a rota São Francisco-Itapoá, feita em 12 minutos, a R$ 8.

— O foco é tirar do carro o pessoal que vai de automóvel — justificou o dono do Marinebus.

Com a proposta de fazer a ligação entre São Francisco do Sul e Joinville pela baía da Babitonga, a embarcação competirá com os engarrafamentos, fazendo o trajeto de 13 milhas, pouco mais de 20 quilômetros, em 32 minutos. As boias da hidrovia já sinalizam o caminho do barco, que sai primeiramente do Centro de São Francisco e chega ao bairro Espinheiros, em Joinville, onde deve existir um ônibus circular para coletar os navegantes. A intenção do investidor é também fazer fretamentos, por exemplo, para empresas que queiram conduzir seus funcionários.

O Marinebus não tem janelas. Sem a climatização do condicionador de ar e com a marola da Babitonga, o clima no interior da lancha pode ficar desconfortável. Mas é só seguir baía adentro e abrir o retrovisor e se refrescar com o vento de proa.

A área de circulação é de 41 pés (12,5 metros), o comprimento da lancha. O corredor é espaçoso, com cadeiras lado a lado em trios distribuídos em duas fileiras. O casco do barco é equipado com bombas que ficam na linha do corredor e expulsam a água em caso de danos, enquanto 1.800 garrafas PET, colocadas abaixo das poltronas, reforçam a flutuação da estrutura. Embora existam vagas para 50 pessoas sentadas, três delas tripulantes, o Marinebus tem 56 coletes salva-vidas que fazem flutuar até 100 quilos cada um.

Além dos coletes, o Marinebus está equipado com uma balsa para ser usada em caso de emergência. O barco está pronto há três anos, mas só entrou nas águas da baía na última semana de dezembro, pois precisava aguardar a liberação de documentos e a finalização da hidrovia.

A expectativa do empresário é transportar inicialmente até 500 passageiros por dia e, para isso, já colocou R$ 1,2 milhão no projeto que interliga Joinville, São Chico e Itapoá pelo mar.

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